17.4.11

Retomando o argumento da alienação vegetariana

Voltarei ao tema:


A postura da menina na foto reflete o que chamo de "vegetariano alienado". É sempre uma péssima premissa justificar o vegetarianismo acusando o outro (carnívoro) de assassino. Percebem que o diálogo da tira começa com a  "vegetariana" com cara de poucos-amigos, bradando a acusação de assassinato ao colega carnívoro de maneira contundente. Existem muitos vegetarianos assim, ALIENADOS, mas não são todos, felizmente.

Já falei isso em um post anterior. O vegetariano ético/moral precisa compreender profundamente as razões que o levaram a esta escolha, especialmente antes de travar um diálogo sobre o tema. Vale dizer que aqueles que optaram ao vegetarianismo por questões de saúde (não podem comer carne ou precisam reduzir o consumo por questões médicas), de antemão, não precisam justificar nada. Há um grupo pequeno, porém presente, de pessoas que simplesmente não apreciam carne no cardápio; esses, igualmente, justificam com um simples "não gosto de carne". Está feito.

O GRANDE problema, como já sugeri, somos nós que optamos ao vegetarianismo por questões éticas/morais ou por múltiplos fatores. Esse grupo, no qual me incluo, precisa estar sempre antenado com as inúmeras situações que perpassam suas escolhas. É preciso compreender de ciência, filosofia, política, questões econômicas, sociais, etc. Caso contrário, a tirinha acima continuará fazendo a alegria dos carnívoros.

De que adianta falar que a criação de gados gasta milhares de litros de água, se o carro que o vegetariano comprou para passear gastou o triplo de água para ser produzido? Cuidado ao argumentar.

Continuo defendendo a postura de que devemos nos conscientizar, cada vez mais profundamente, de todos os elementos que nos cercam. Assim, podemos maximizar a dignidade da vida de todos os seres, desde bactérias, plantas, macacos e homens.

Reitero Buda:

"Haja tantas espécies de seres viventes quantas houver, sejam eles nascidos de ovos, de ventres, da umidade, ou espontaneamente; tenham ou não formas; tenham ou não percepção; ou, que não se possa afirmar deles que têm ou não têm percepção, devemos levar todos esses seres à liberação do sofrimento" (Nirvana)  - esse é o espírito da filosofia budista.



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