3.12.11

15.000 aves mortas por asfixia



Em 15 minutos, usando apenas espuma, 15.000 aves são mortas por asfixia. Engenheiros, agrônomos e empresários assistem animados o sucesso da mais nova técnica.

Que tal comprar uma máquina de espuma para exterminar frangos? Pois esta é, justamente, uma das mais recentes aquisições da Associação de Avicultura de Santa Catarina (Acav). Disposta a se precaver contra surtos de doenças fitossanitárias - tais como a gripe aviária -, a entidade investiu em uma espécie de "exterminador de frangos". O equipamento produz uma espuma espessa que cobre o aviário e asfixia as aves. O processo, diz o fabricante, é capaz de matar até mil frangos por minuto de forma segura e, diz o fabricante, indolor.

O aparelho custa cerca de R$ 200 mil e tem o propósito de proteger os criadores, que até então precisavam abater os frangos por conta própria, expondo-se a doenças dos mais variados tipos. "Queremos que essa máquina seja como um seguro de automóvel. Ou seja, é algo que se compra para não ser usado", explica Ricardo Gouvêa, diretor executivo da Acav. Em média, Santa Catarina abate cerca de 700 milhões de aves por ano, criadas por 10 mil avicultores - a maioria no sistema de integração agroindustrial
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Segundo um artigo acadêmico, a OIE estabelece os aspectos que devem nortear os procedimentos de eliminação de aves como rapidez na execução com minimização do manuseio e movimentação das aves; conduzir à morte imediata ou à perda da consciência até que ocorra a morte sem causar aversão, ansiedade, dor, aflição ou sofrimento; prever sacrifício nas próprias instalações de criação; analise do custo do processo, tipo do alojamento, de criação, localização e disponibilidade de equipamentos; considerar aspectos de segurança ambiental e das pessoas envolvidas no sacrifício; e adequada seleção do método de sacrifício.
Sugerem para aves de todas as idades a aplicação de CO2 misturado ao ar ou nitrogênio e/ou gás inerte; uso de pistola sem penetração, eletrocussão pela imersão das aves em água, atordoamento elétrico; ou adição de barbitúricos ou outra droga na água ou ração.

O sacrifício humanitário objetiva proteger a saúde pública, eliminar animais fontes de infecção e comunicantes para proteger os susceptíveis, manter a saúde dos plantéis avícolas de uma nação e manter ou restaurar o status de país livre de doença, com finalidade de preservar a competitividade e recomendada quando da ocorrência de surtos ou epidemias. Concluem que o emprego de métodos que causam anóxia é mais humano do que misturas que contenham CO2, em mistura ou não com gases anóxicos como nitrogênio e argônio; que a decapitação e CO2 causam dor e aflição e o atordoamento com CO2 ou elétrico pode comprometer as intenções humanitárias de eliminação da dor e sofrimento

Considerando os sucessivos tempos de exposição à espuma, observou-se que a letalidade de 80,0%
aos 5min30s e de 70,0% aos 5min45s foram estatisticamente iguais e inferiores à letalidade de 100,0% observada a partir de 6 min até o final do experimento que foi de 8min15s. Este valor não se afasta da observação de Benson et al. que, trabalhando com frangos de corte monitorados por meio de eletrocardiograma, observaram que o método de espuma provocou a morte das aves
em 4min57s. No entanto, diferem das observações de Dawson et al. que realizaram experimento com frangos de corte comparando uso de CO2 associado ou não à espuma e a espuma isoladamente como métodos para depopulação de aves. O uso somente de CO2 provocou a morte das aves em 2:08 min, a associação CO2 e espuma em 2min09s e apenas a espuma em 2min54s. Estes mesmos autores observaram que, durante o processo de sacrifício, as aves submetidas ao CO2 associado ou não à espuma apresentaram visível agitação, fato não observado quando da utilização isolada da espuma, cujas aves permaneceram calmas e sem sinal aparente de estresse.


Ou seja, elas demoram de 2 a 8 minutos
para morrerem, e isso é muito bom?

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