23.5.11

Bill Gates e o mito do capitalista bondoso

No post anterior, divulguei uma lista do TERRA dos maiores doadores do mundo.
Biil Gates é o primeiro da lista. Veja aqui.




Para Paulo Moreira Leite, do Estadão, Bill Gates encarna o mito do capitalista bondoso


Fiquei impressionado com uma reportagem do Los Angeles Times sobre a Fundação de Bill Gates, a mais rica do planeta, com orçamento de U$ 70 bilhões. Você e eu já lemos muitas reportagens sobre as filantropias dessa fundação. A reportagem do Los Angeles Times (reproduzida pelo Estado) mostra que a Fundação "doa pelo menos 5% de seu orçamento todos os anos, e com isso evita pagar a maioria dos impostos." Já os 95% restantes são investidos "em companhias ranqueadas entre as piores poluidoras americanas, companhias farmacêuticas que estabelecem preços para remédios fora do alcance de pacientes" e assim por diante. Conforme o jornal, investimentos que totalizam pelo menos U$ 8,7 bilhões foram feitos "em companhias que contrariam a filosofia de preocupação social da fundação."

Esse tipo de descoberta não chega a ser novo. Boa parte das empresas brasileiras deixam de pagar impostos devidos para realizar investimentos de marketing -- com o nome de apoio cultural. Outras empresas investem uma migalha social -- para receber banquetes privados. Sou um otimista e acredito na espécie humana. Mas é bom desconfiar um pouco mais da humanidade depois que Milton Friedman lembrou que não existe almoço grátis.


O usuário identificado como J.BRASIL responde ao autor dizendo que:

Existem empresas potencialmente poluidoras, como as de celulose, mas ninguém dispensa o papel. Existem empresas extremamente poluidoras como as petrolíferas, mas só que ninguém quer deixar de usar o automóvel; e ninguém pode prescindir dos caminhões usados no abastecimento de nosso dia a dia.

O usuário identificado como Rone responde ao autor dizendo que:


Independentemente das críticas, a contribuição do homem mais rico do mundo é significativa. No ano passado, a fundação distribuiu US$ 1,2 bilhão, principalmente para projetos relacionados à educação e saúde no Terceiro Mundo. Em quatro anos de existência, empregou US$ 7,2 bilhões nesta luta.

"Nosso mundo, a nação e nossa região, hoje mais do que nunca, pode e deve melhorar de forma dramática a desigualdade na saúde, educação e acesso à informação e aos serviços humanitários por famílias vulneráveis", declarou Gates na quarta-feira, ao fazer a doação à sua fundação, uma das mais que receberam mais nos últimos tempos, cerca de US$ 30 bilhões.

A entidade injetou cerca de US$ 600 milhões na luta contra a Aids, malária e tuberculose e promete destinar mais US$ 478 milhões. O dinheiro será destinado a projetos nos Estados Unidos, mas também na África do Sul, Índia e Tailândia.

"Uma coisa ficou clara: nós ainda não estamos fazendo o suficiente contra milhões de mortes causadas todos os anos por doenças como a Aids ou a Malária e que podem ser evitadas", declarou Bill Gates.

A fundação também doou US$ 1 bilhão em 1999 a um fundo cujo objetivo é ajudar os americanos negros a entrarem na universidade e também para aumentar o acesso à internet a partir de bibliotecas nos bairros desfavorecidos, que era a missão inicial da organização.

A fundação é co-dirigida atualmente pelo pai de Bill Gates, William H. Gates, e por Patty Stonesifer, responsável pelo estilo pragmático que distingue a organização. A executiva, assim como o chefe, faz parte da lenda da Microsoft. Membro da diretoria da empresa, milionária aos 40 anos, Stonesifer anunciou no final de 1996 que se afastava dos negócios para dedicar mais tempo ao marido e aos dois filhos. Entretanto, Bill e Melinda não a deixaram partir de vez e a colocaram à frente da fundação.



E VOCÊ, O QUE ACHA?




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