buscar o real sentido da vida? |
A palavra espiritualidade tem origem no latim spiritus, que significa "sopro de vida". Segundo Elkins et al. (1988), espiritualidade é um tipo de experiência que se expressa pela consciência de que existe uma dimensão transcendente caracterizada por certos valores em relação ao self, aos outros, à natureza, à vida e a qualquer outro aspecto identificado como o Ser Supremo. Em termos amplos, transcender significa erguer-se acima ou ir além de um limite, exceder, superar e ir além do universo e do tempo. Em sentido mais restrito, a noção de transcendência está intimamente ligada com o sagrado e, nesse sentido, relaciona-se com a religiosidade, muito embora a beleza, o bem, a bondade, a justiça e o amor ao próximo, destituídas de sentido religioso, possam ser expressão da transcendência.
O tema é quente, ainda que muitos torçam o nariz para esta dimensão da experiência humana. Toda nossa experiência de diferenciação das outras espécies animais partiu, penso eu, dessa capacidade de "RE-flexão", voltar-se sobre si. A ciência, a religião, etc são desdobramentos desse ato de buscar sentido e ordem na realidade.
espiritualidade sem religião? |
Outrossim, eu não gosto muito dessas definições de "religiosidade" e "espiritualidade" que restringem o fenômeno ao "sagrado", ao "transcendente", ao "Ser Supremo", etc. Acho demasiadas judaico/cristã/islâmicas. Não há, nesta perspectica, uma alargada compreensão de "espiritualidade", capaz de incluir conceitos recentes advindos do humanismo secular e do budismo contemporâneo. Coisas como "ir além do universo e do tempo" também me parecem "nova-era" demais - clichê e inacurado.
Penso, igualmente, que a definição de "transcendência" seria melhor aceita se compreendermos o ato de transcender como uma ampliação dos limites ordinários do ego, e não simplesmente como um ato de escapar, de lançar nossa consciência para "fora", para "cima", para o "divino". Defendo pois, que há uma "transcendência na imanência", tal como em algumas escolas filosóficas (estoicismo) e religiosas (budismo theravada). Deste modo, transcender seria como ampliar os limites da percepção através de uma postura diferenciada no mundo - tal qual o verdadeiro filósofo de Sócrates.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998), espiritualidade "é o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material que pressupõem que há mais no viver do que se pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo o indivíduo a questões como o significado e o sentido da vida, não necessariamente a partir de uma crença ou prática religiosa". Reconhecendo sua importância para a qualidade de vida, a OMS incluiu a espiritualidade no âmbito dos domínios que devem ser levados em conta na avaliação e na promoção de saúde em todas as idades.
Instrumento WHOQOLL para medir qualidade de vida. Padrão da OMS para pesquisas. |
Em 1993, menos de 5 escolas médicas dos Estados Unidos tinham a disciplina de religião - espiritualidade em medicina. Em 1994, 17 das 126 escolas médicas americanas ofereciam cursos sobre Espiritualidade. Em 2000, este número subiu para 65 escolas, oferecendo cursos não eletivos, optativos. Em 2004, atingiu-se a importância de 84 escolas médicas.
Mesmo assim, apenas uma pequena percentagem dos médicos norte-americanos (menos de um terço) se sente à vontade para perguntar aos seus pacientes quais são as suas opções religiosas; nos outros dois terços, muitos, alegam falta de tempo, outros, incapacidade para lidar com o assunto, e outros ainda, pensam que a Espiritualidade não é relevante para a prática da Medicina.
Existem entidades que se preocupam com esta relevante questão, como a John Templeton Foundation, oferecendo apoio financeiro às escolas médicas que iniciam o curso de Espiritualidade e Medicina.
Na Escola de Medicina da Universidade de Harvard, no projeto de criação da disciplina Espiritualidade e Cura na Medicina: proporcionando suporte individualizado aos pacientes durante as crises de adoecimento , lê-se o seguinte: esperamos treinar os estudantes de medicina de Harvard a serem melhores ouvintes, comunicadores e profissionais, mais hábeis em proporcionar suporte às capacidades de cura do paciente em sua espiritualidade.
Nos Estados Unidos existem muitos Centros de Pesquisa sobre Saúde e Espiritualidade ligados às principais Universidades como: Duke University’s Center for Spirituality, Theology and Health, The George Washington Institute for Spirituality and Health, Center for Spirituality and Health – University of Florida, Center for the Study of Health, Religion and Spirituality Indiana State University, Medical University of South Carolina Center for Spirituality and Health, Center for Spirituality and Healing at University of Minnesota, Higher Education Research Institute at UCLA, Health Sciences Library System University of Pittsburgh Medical Center - Doctoral Dissertations on Religion and Medicine e Harvard University.
No Brasil destacam-se os seguintes Centros de Pesquisa sobre Espiritualidade e Saúde: Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos, na Universidade de São Paulo, o Grupo WHOQOL-Brasil, instalado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora e o Núcleo Avançado de Saúde Ciência e Espiritualidade, na Universidade Federal de Minas Gerais.
A primeira Universidade brasileira a introduzir um curso de extensão universitária sobre Saúde e Espiritualidade foi a Universidade Santa Cecília (Santos-SP), no ano de 2002. A primeira Faculdade de Medicina a abordar curricularmente a questão da Espiritualidade foi na Universidade Federal do Ceará no ano de 2004, no ano seguinte, a Faculdade do Triângulo Mineiro iniciou disciplina optativa sobre Saúde e Espiritualidade, juntamente com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e em 2006 a Universidade Federal do Rio Grande do Norte iniciou a Disciplina optativa de Medicina, Saúde e Espiritualidade.
Paralelamente a estas atividades institucionais, outras escolas médicas também possuem grupos acadêmicos que realizam Seminários sobre Saúde e Espiritualidade, como na Universidade de São Paulo, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, na Universidade Estadual de São Paulo / Botucatu, no Centro Universitário Lusíada (Santos) e na Universidade Federal de São Paulo, cujo Simpósio ocorreu de 09 a 13 de abril de 2007, tendo um público médio de 300 pessoas por dia, demonstrando o grande interesse que este tema desperta na comunidade acadêmica, estimulando a criação do Núcleo Universitário de Saúde e Espiritualidade da Unifesp.
FONTES:
Reprodução parcial do texto escrito por Daisy Maldaun, Denise Castanho Antunes, Fabiana Castilho Roda Carvalho e Anita Liberalesso Neri
Retirado de Neri, Anita L. Palavras-chave em gerontologia. Campinas, SP: Editora Alínea, 2005. pág. 70-73
E A PSICOLOGIA ?? Veja abaixo
RESUMO
Este estudo investigou a existência / inexistência de disciplinas sobre o tema da religião/espiritualidade, nos cursos de licenciatura em psicologia no Brasil. Os dados foram coletados de sites da universidade e através de e-mail. Os dados incluem 84,6% de todos os cursos existentes; o tema da espiritualidade/religiosidade está presente em 13% das instituições públicas e em 16% das instituições privadas, 84% dos cursos não têm incorporado este assunto em seus currículos. Na verdade, poucos programas oferecem formação em religião e espiritualidade. Nós apresentamos a definição de alguns termos, conclusões a partir de publicações sobre o tema da religião e espiritualidade e um breve histórico sobre o lugar que a religião ocupa na cultura dos brasileiros.
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Um comentário:
LEIS DIVINAS E A SABEDORIA DE DEUS
"Paremos um instante, fechemos os olhos... conseguimos ouvir muitos sons, belas melodias, sons menos agradáveis, sons da natureza...
E se inspirarmos podemos sentir diferentes aromas alguns que mexem profundamente com os nossos sentidos. Com os olhos abertos...olhemos em redor...cores, formas, coisas belas, coisas...menos belas, rostos... todos diferentes. Vemos o verde das árvores o amarelo do sol...
Sentimos o vento, a frescura da água, percebemos toda a natureza a vida que vive fora de nós.
- Onde está Deus? - perguntamos...perguntam-nos...
Distraídos, sempre distraídos, Deus está em tudo Ele é a própria vida que respiramos a cada instante, tudo é obra sua incluindo nós!!!
Leis Divinas, são as Leis de Deus, Leis da Natureza...as que regem a sua criação.
- Precisamos de outras? - ainda, Sim!
- Podemos viver sem estas? - Não!
As Leis Divinas são imutáveis e revelam-nos a sabedoria do Pai. Para que possamos evoluir necessitamos não de as conhecer, mas de as viver.
Jesus resume as Leis Divinas dizendo "Amarás a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo."
E se assim vivermos desenvolveremos em nós o auto-amor, pois ainda estamos a aprender a amar, começaremos a amar o outro (qualquer outro), mas também os animais as plantas e tudo o que compõe o mundo maravilhoso em que vivemos.
Amar é cuidar, respeitar tudo e todos. Toda a criação de Deus é importante e indispensável à harmonia na Terra e à vida do Homem.
Começámos por escutar, cheirar, observar, sentir... Vamos cuidar do que escutamos, do que cheiramos, do que observamos, do que sentimos, daquilo de que nos nutrimos. Só evoluímos na medida da nossa compreensão e correta vivência das Leis de Deus.
Importante: Não esqueçamos de agradecer todas as faculdades que nos permitem sentir o Amor e a Presença de Deus em nosso redor e no nosso coração.
O Espiritismo ajuda-nos à compreensão das Leis Divinas, mas o trabalho de reforma intima é individual e parte da vontade de cada um de nós.
Sempre que nos melhoramos, que reformamos atitudes, palavras, contribuímos para um mundo melhor.
Jesus, não se limitou a pregar, vivenciou cada um dos seus ensinamentos, porém Ele só será nosso modelo quando nós tentarmos fazer igual."
Fonte: AEE
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