Shambhala: Você se considera parte do movimento transpessoal hoje? KW: Não, eu não.
Shambhala: Conte-nos sobre isso.
KW: Bem, a dificuldade básica é que a psicologia transpessoal, a seu grande crédito, foi a primeira escola importante da atual psicologia a levar a sério a espiritualidade. No entanto, como há uma grande divergência sobre o que realmente constitui a espiritualidade, há uma grande divergência quanto o que constitui a psicologia transpessoal. Estas não são meras tensões internas como se poderia encontrar em, digamos, as várias escolas de psicanálise ou a psicologia junguiana. Estes atritos são grandes divisões internas e desacordos quanto à natureza, escopo e papel da psicologia transpessoal em si. Isso torna o campo mais cheio de cismas políticos e ideologias em conflito. É por isso que, acredito, em três décadas, e para além de um ou dois teóricos específicos, a escola da psicologia transpessoal não teve grande impacto fora do gueto de psicólogos transpessoais, e que hoje é um irreversível e terminal declínio. O que resta das quatro forças (behaviorista, humanista, psicanalítica, transpessoal) irá sobreviver, se sobreviver, apenas se constituir uma transformação completa, uma abordagem totalmente integral
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