5.5.11

Reducionismo, Evolução e Psicologia da Religião

Sou, e sempre serei, um fiel defensor da idéia de que nós, psicólogos, temos (em geral) uma formação filosófica muito pobre. Essa pobreza nos custa caro quando vamos estudar fenômenos humanos complexos como a religião, por exemplo.

Portanto, para enriquecermos um pouco mais nossa "vida filosófica" e acadêmica, posto abaixo o link de um artigo sobre Psicologia, Filosofia e religião (discutindo a perspectiva de Levinas). Há, no artigo, uma crítica bem elaborada sobre o crescimento da perspectiva EVOLUCIONISTA na análise da religião dentro do campo da Psicologia.

Segue abaixo, o início do artigo (livre tradução minha). O restante, meus caros, está em INGLÊS. Boa leitura.


Explaining Religion to Death: 
Reductionism, Evolution, and the Psychology of Religion 

Edwin E. Gantt and Richard N. Williams

"Mesmo a análise mais superficial da história da psicologia revela que nunca faltaram perspectivas que tentaram dar conta do fenômeno religioso e da própria religião (ver, e. g., Forsyth, 2003). No entanto, a grande maioria destas tentativas como, por exemplo, a psicanálise, o behaviorismo (e mais recentemente), a neurociência e a psicologia evolucionista, tem sido fundamentalmente "tóxicas" para a própria religião.

            

" [...] Acreditamos que esta "toxicidade" seja o resultado inevitável de várias teorias e métodos em psicologia  solidamente fundamentados em uma filosofia que compreender qualquer fenômeno (religioso ou não) como resultado exclusivo de condições materiais e forças naturais não-agênticas (Whoolery, 2006). Afirmamos isso não a partir da perspectiva de pessoas religiosas que querem defender a religião enquanto religião, mas sim como cientistas da Psicologia.

Como tal, é nossa firme convicção que qualquer ciência, embora tendo como atividade essencial a análise crítica, não deve anunciar a "inexistência" de determinado objeto até que uma análise cuidadosa tenha demonstrado, para a satisfação de requintados acadêmicos, que não há realmente nada acerca dos fenômenos sendo estudados [...]."

Sem um compromisso de examinar intelectualmente a  filosofia do naturalismo, que é demasiadamente estreita para proporcionar uma compreensão da religião, e, em seguida, explicou a religião, literalmente, morte


artigo completo (em inglês) 


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