1.8.11

sobre o argumento: "o problema não é a instituição, mas o homem" acerca da defesa das religiões.

atirador maluco, psicopata, paranóico e maçom (!?)
Estava cá com meus botões re-avaliando uma reflexão minha ocorrida dias atrás. Eu estava defendendo a maçonaria, quanto ao fato do maluco norueguês ser maçom. Parte da mídia, especialmente os evangélicos e paranóicos de plantão, prontamente fizeram relações do tipo: "maçonaria = violência". Não é novidade estas tentativas de incluir a maçonaria nas teorias de conspiração do século XX.

Isso é coisa para gente muito desocupada e com um pezinho no transtorno de personalidade paranóide, sem dúvida.

Outrossim, estava revendo meus conceitos quanto ao argumento: "o problema não é a instituição, e sim o Homem". Religiosos, maçons, roza-cruzes, neo-ateus, e todo tipo de gente ligada a "instituições" de todo o tipo adoram utilizar esse argumento (eu mesmo utilizei recentemente, rsrsrsrrs).

Pois bem, me ponho a revê-lo.

Se eu pensar que o cristianismo, por exemplo, se guia pela bíblia, temos um imbróglio ético e  moral. Por que? Já falei isso num post anterior. Vejamos na fonte (bíblia):

"E quanto àqueles meus inimigos que não me quiserem como rei, trazei-os aqui e MATAI-OS diante de mim".
Lucas 19:27


Abraão prestes a degolar o filho para Deus
"Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. " 
Samuel 15:3

"Com ordem divina, Josué DESTRÓI com o fio da espada os homens, mulheres e crianças da cidade de Jericó".
Josué 6:21-27




Quanta violência, não? No artigo deste site (http://www.mundogump.com.br/deus-este-eminente-assassino/) há uma reflexão, em forma de brincadeira jurídica, muito interessante.

O que penso é que, se os cristãos querem guiar sua vidas pela bíblia, que retirem ou re-intepretem as passagens dúbias. E, não há outra (re)interpretação possível, senão alguma que busque moderar em absoluto as opiniões fundamentalistas; posicioná-las historicamente, ou coisa do tipo. NENHUMA forma de intolerância, ou incentivo à violência, sob qual autorida esteja, pode ser aceita.

Podem me jogar na fogueira, mas o bom senso das relações humanas deve ser maior que qualquer "livro sagrado" - Primeiro os Homens, depois a Bíblia, o Alcorão, os Sutras, os Vedas, etc....

Caso achem que isso FERE e anula a bíblia - afirmo: esqueçam a Bíblia oras!. Caso contrário, louvemos a Bíblia, o Corão, os Sutras, o que seja. Eles estão igualmente recheados de boas mensagens, mas de mensagens dúbias também. Para as dúbias, às favas!!! As boas, que possam ser alargadas a tal ponto capaz de incluir um espírito laico, humanista. As boas mensagens precisam ser horizontalizadas no social - meio que a espiritualidade SEM DEUS de Comte-Sponville. Acredito que não há mal algum para um ateu incluir em sua vida as "boas" lições da Bíblia, ou seja, aquelas que são universais e humanas - "não matar, não roubar", etc. Isso sim interessa a todos! Religiosos ou não. Se Deus existe ou não, isso, de fato, não interessa. O que interessa é buscarmos regras e leis que sejam inclusivistas, tolerantes, pacificistas, etc. 

A Bíblia tem muito disso, não nego....mas é preciso rever as tais passagens "dúbias", senão os fundamentalistas erguerão suas "igrejas" sob o mote do "sagrado"


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