Quase que diariamente os jornais do mundo inteiro noticiam os infindáveis ataques mútuos entre israelenses e palestinos e as diversas iniciativas internacionais de tentar promover, sem sucesso, a paz entre os dois povos. O conflitos entre árabes e judeus, apesar de atuais, têm origem milenar e carregam uma longa história de desavenças religiosas e de disputa de terras. "Desde os tempos bíblicos, judeus e árabes, que são dois entre vários povos semitas, ocuparam partes do território do Oriente Médio. Como adotavam sistemas religiosos diversos, eram comuns as divergências, que se agravaram ainda mais com a criação do islamismo no século VII", conta Alexandre Hecker, professor de História Contemporânea da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando 57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. "Essa partilha, desigual em relação à ocupação histórica, desagradou os países árabes em geral", afirma Alexandre Hecker.
Em 1948, os ingleses finalmente desocuparam a região e os judeus fundaram, em 14 de maio, o Estado de Israel. Um dia depois, os árabes, insatisfeitos com a partilha, declaram guerra à nova nação, mas acabaram derrotados. "O conflito permitiu a Israel aumentar seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza)", explica o professor. Em consequência disso, muitos palestinos refugiaram-se em Estados árabes vizinhos, enquanto boa parte permaneceu sob a autoridade israelense. "Outras guerras se sucederam por causa de fronteiras, com vantagens para Israel e sempre sem uma solução para o problema dos refugiados". Apesar de algumas tentativas de acordos e planos de paz, a situação atual ainda é de muito impasse, principalmente pelo fato de os palestinos, liderados pelo movimento radical islâmico Hamas, não reconhecerem o direito de existência de Israel. Na opinião de Alexandre, "a guerra entre palestinos e judeus só terá um fim quando for criado um Estado palestino que ocupe, de forma equitativa com Israel, a totalidade do território tal qual ele se apresentava em 1917".
O PROBLEMA NA FAIXA DE GAZA
73% de 1.010 palestinos da faixa de Gaza concordam com o "hadith" citado na Carta do Hamas sobre a necessidade de matar os judeus escondidos atrás pedras, árvores.
Uma grande pesquisa concluída esta semana pelo pesquisador americano Stanley Greenberg, realizada com 1.010 adultos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza aponta que apenas um em cada três palestinos (34 por cento) aceita dois Estados para dois povos como a solução para o conflito israel x palestina.
A pesquisa, que tem uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais, foi realizada em parceria com uma entidade de Opinião Pública e patrocinado pelo Projeto Israel, uma organização internacional sem fins lucrativos que fornece a jornalistas e líderes informações sobre o Oriente Médio.
O Projeto Israel tentar chegar ao mundo árabe para promover a paz "pessoa-a-pessoa." A pesquisa parece indicar que a organização tem uma tarefa difícil pela frente.
Os entrevistados foram questionados sobre a declaração de presidente dos EUA, Barack Obama, de que "deve haver dois estados: a Palestina como a pátria do povo palestino e Israel, como a pátria do povo judeu."
Apenas 34% disseram que aceitam esse conceito, enquanto 61% rejeitaram.
Sessenta e seis por cento dos palestinos disseram que "o verdadeiro objetivo deveria ser o de começar com uma solução de dois Estados, mas, em seguida, mudar para tudo ser um único Estado palestino".
Questionados sobre o destino de Jerusalém, 92% disseram que deveria ser a capital da Palestina, 1% disseram que deveria ser a capital de Israel, 3% que deveria ser a capital de ambas, e 4% uma cidade internacional neutra.
Setenta e dois por cento apoiaram negar os milhares de anos da história judaica em Jerusalém, 62% apoiaram o seqüestro de soldados e mantê-los reféns, e 53% se colocaram a favor do ensino de canções sobre odiar os judeus nas escolas palestinas.
Quando expostos a uma citação do Hamas sobre a necessidade de criar batalhões no mundo árabe e islâmico para derrotar os judeus, 80% concordaram. Setenta e três por cento concordaram com uma citação de um hadith, ou tradição atribuídas ao profeta Maomé, sobre a necessidade de matar os judeus escondidos atrás de pedras e árvores.
Apenas 45% disseram acreditar na declaração da carta que a única solução para o problema palestino seria a jihad.
Os resultados mais "positivos" da pesquisa indicaram que apenas 22% apóiam o lançamento de foguetes em cidades e cidadãos israelenses e que dois terços preferem o engajamento diplomática do que a resistência violenta.
[...]
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando 57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. "Essa partilha, desigual em relação à ocupação histórica, desagradou os países árabes em geral", afirma Alexandre Hecker.
Em 1948, os ingleses finalmente desocuparam a região e os judeus fundaram, em 14 de maio, o Estado de Israel. Um dia depois, os árabes, insatisfeitos com a partilha, declaram guerra à nova nação, mas acabaram derrotados. "O conflito permitiu a Israel aumentar seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza)", explica o professor. Em consequência disso, muitos palestinos refugiaram-se em Estados árabes vizinhos, enquanto boa parte permaneceu sob a autoridade israelense. "Outras guerras se sucederam por causa de fronteiras, com vantagens para Israel e sempre sem uma solução para o problema dos refugiados". Apesar de algumas tentativas de acordos e planos de paz, a situação atual ainda é de muito impasse, principalmente pelo fato de os palestinos, liderados pelo movimento radical islâmico Hamas, não reconhecerem o direito de existência de Israel. Na opinião de Alexandre, "a guerra entre palestinos e judeus só terá um fim quando for criado um Estado palestino que ocupe, de forma equitativa com Israel, a totalidade do território tal qual ele se apresentava em 1917".
O PROBLEMA NA FAIXA DE GAZA
73% de 1.010 palestinos da faixa de Gaza concordam com o "hadith" citado na Carta do Hamas sobre a necessidade de matar os judeus escondidos atrás pedras, árvores.
Uma grande pesquisa concluída esta semana pelo pesquisador americano Stanley Greenberg, realizada com 1.010 adultos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza aponta que apenas um em cada três palestinos (34 por cento) aceita dois Estados para dois povos como a solução para o conflito israel x palestina.
A pesquisa, que tem uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais, foi realizada em parceria com uma entidade de Opinião Pública e patrocinado pelo Projeto Israel, uma organização internacional sem fins lucrativos que fornece a jornalistas e líderes informações sobre o Oriente Médio.
O Projeto Israel tentar chegar ao mundo árabe para promover a paz "pessoa-a-pessoa." A pesquisa parece indicar que a organização tem uma tarefa difícil pela frente.
Os entrevistados foram questionados sobre a declaração de presidente dos EUA, Barack Obama, de que "deve haver dois estados: a Palestina como a pátria do povo palestino e Israel, como a pátria do povo judeu."
Apenas 34% disseram que aceitam esse conceito, enquanto 61% rejeitaram.
Sessenta e seis por cento dos palestinos disseram que "o verdadeiro objetivo deveria ser o de começar com uma solução de dois Estados, mas, em seguida, mudar para tudo ser um único Estado palestino".
Questionados sobre o destino de Jerusalém, 92% disseram que deveria ser a capital da Palestina, 1% disseram que deveria ser a capital de Israel, 3% que deveria ser a capital de ambas, e 4% uma cidade internacional neutra.
Setenta e dois por cento apoiaram negar os milhares de anos da história judaica em Jerusalém, 62% apoiaram o seqüestro de soldados e mantê-los reféns, e 53% se colocaram a favor do ensino de canções sobre odiar os judeus nas escolas palestinas.
Quando expostos a uma citação do Hamas sobre a necessidade de criar batalhões no mundo árabe e islâmico para derrotar os judeus, 80% concordaram. Setenta e três por cento concordaram com uma citação de um hadith, ou tradição atribuídas ao profeta Maomé, sobre a necessidade de matar os judeus escondidos atrás de pedras e árvores.
Apenas 45% disseram acreditar na declaração da carta que a única solução para o problema palestino seria a jihad.
Os resultados mais "positivos" da pesquisa indicaram que apenas 22% apóiam o lançamento de foguetes em cidades e cidadãos israelenses e que dois terços preferem o engajamento diplomática do que a resistência violenta.
[...]
restante da reportagem vc pode acessar aqui (em inglês):
http://www.jpost.com/DiplomacyAndPolitics/Article.aspx?id=229493
Nenhum comentário:
Postar um comentário