9.6.11

Neurociência e terapia cognitiva da meditação do tipo mindfulness

...enquanto algumas pessoas (tolas) em seus afazeres científicos preconceituosos e mal informados continuam afirmando que é impossível a ciência dialogar com a religião, posto mais informações acadêmicas sobre o tema. Agora, podemos ver como o encontro entre o budismo e as técnicas e métodos da ciência podem ser frutíferos. Boa leitura...ah! ao final tem uma palestra bem legal, com vários dados hard science!


O conceito de mindfulness se tornou importante na clínica contemporânea. É herdeiro de duas distintas tradições de pensamento. A primeira emergiu da pesquisa de Ellen Langer em psicologia experimental. A segunda iniciou-se com o trabalho de Jon Kabat-Zinn, que introduziu a meditação budista na prática clínica. Dessa maneira, uma prática espiritual milenar que respira a fi losofia oriental confluiu com um corpo de conhecimento estabelecido pelas estratégias da ciência objetiva ocidental. O artigo apresenta uma ampla revisão teórica das formas em que esse conceito foi articulado na literatura psicológica, a partir das duas fontes supracitadas. A definição de mindfulness e as suas bases empíricas são revisadas para sustentar uma contextualização no pensamento contemporâneo. O conceito contribuiu para o referencial teórico de diferentes modelos cognitivos e comportamentais na área clínica atual. Como exemplos citam-se a terapia comportamental dialética e a prevenção de recaída para clientes que já foram depressivos e encerraram com sucesso uma terapia cognitiva. O conceito também se tornou relevante no estudo de relacionamentos. Este artigo discute algumas aplicações no campo da terapia de casal e no manejo da relação terapêutica. Argumenta-se que a prática de mindfulness de origem budista é altamente compatível com a tradição de pesquisa experimental sobre mindlessness. Apesar das suas origens distintas, as duas abordagens compartilham um entendimento do sofrimento humano, além de promover soluções similares para as vivências problemáticas trazidas à terapia pelos clientes. Além disso, aponta-se que as duas abordagens trazem considerações similares, tanto para o aprimoramento pessoal quanto para o trabalho terapêutico no
consultório.

Palavras-chave: mindfulness, terapia cognitivo-comportamental, budismo.

artigo completo em: http://www.contextosclinicos.unisinos.br/pdf/68.pdf

ARTIGO FODÁSTICO DA COLEGA Carol Menezes sobre o tema em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722009000300018&script=sci_arttext&tlng=pt

 palestra sobre o tema
available in english

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